sábado, 7 de março de 2015

NO QUINTAL



O meu amor caminha no quintal,
por entre as folhas da parreira
e os galhos do sentimento.
Acaricia os gomos das pitangas
e lambe o orvalho que cintila num pedregulho.
Chinelo raso no mato,
narinas escancaradas ao hálito do mundo
resumido entre muros.
Respira a calma alegria da estação,
palmilha torrões de terra imemorial,
flutua sobre teias de aranha
e suas memórias.
O meu amor é leve,
tênue,
brando,
benigno,
a singrar,
macio.
O meu amor é.

EN LA KORTO

Mia amo iras en la korto,
inter la folioj de vinberujo
kaj la branĉoj de sentoj.
Ĝi karesas  berojn de pitangoj
kaj lekas  roson, kiu rebrilas sur ŝtono.
Malaltaj pantofloj sur la herbo,
naztruoj larĝe malfermitaj  al la spirblovo de la mondo
resumita inter muroj.
Ĝi spiras la trankvilan ĝojon de la sezono,
surpaŝas aglomeraĵojn de pragrundo,
ŝvebas super araneaĵoj
kaj ties rememoroj.
Mia amo estas malpeza,
fajna,
milda,
benigna,
krozanta,
mola.

Mia amo estas.

4 comentários:

  1. Meus deus! Isso está bonito demais! Ser Poeta é pra quem pode. Será que em Esperanto fica tão bonito quanto em português?!

    ResponderExcluir
  2. Jen fajna, milda kaj tre bela poezia amdeklaro al la vivĝojo!

    ResponderExcluir
  3. Lindo mesmo! A sensação que passa é de amor leve, limpo, simples...

    ResponderExcluir
  4. Bendito o olhar que protetor se faz e comunga com a Natureza, a beleza da vida.



    ResponderExcluir